Moon of absinthe, witchy & green,
spasmed, a monstrous vice . . .
A strange dog mines the dungheap
& howls at fabulous space.
On this Friday holy & black!
Christ is dead, like a vile leper,
wounded & cold, in Death’s
fierce blindfold, his blood purple & dark.
The serpent of evil, of sin,
a sinister venomous green
slides from the Corpse in cool silence.
But from the bloody Redemption of Christ
instead of great Love – pure, unforeseen –
sprout phosphorescences of gangrene.
Sexta-feira Santa
Lua absíntica, verde, feiticeira,
pasmada como um vício monstruoso . . .
Um cão estranho fuça na esterqueira,
uivando para o espaço fabuloso.
É esta a negra e santa Sexta-feira!
Cristo está morto, como um vil leproso,
chagado e frio, na feroz cegueira
da Morte, o sangue roxo e tenebroso.
A serpente do mal e do pecado
um sinistro veneno esverdeado
verte do Morto na mudez serena.
Mas da sagrada Redenção do Cristo
em vez do grande Amor, puro, imprevisto,
brotam fosforescências de gangrena!
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João da Cruz e Sousa |